Uso de medicamentos no Transtorno do Espectro do Autismo
AUTISMOPSICOLOGIADIAGNÓSTICO
Rosine Lima
1/25/20252 min read


Olá, estou de volta para falar sobre o uso de medicamentos no Transtorno do Espectro do Autismo.
É importante ressaltar que não existem medicamentos específicos para tratar as dificuldades sociais do transtorno do espectro do autismo. No entanto, os medicamentos têm um papel crescente no tratamento de comportamentos e problemas frequentemente associados ao transtorno. Eles podem ajudar a reduzir ansiedade, depressão, irritabilidade, hiperatividade, agressão e comportamentos estereotipados. Isso, por sua vez, torna as crianças mais receptivas às intervenções (Wolkmar; Wiesner, 2019).
"O uso das medicações pode tornar as crianças mais receptivas às intervenções" (Wolkmar; Wiesner, 2019).
De acordo com Wolkmar e Wiesner (2019) algumas questões precisam ser consideradas ante a possibilidade de experimentar uma medicação para ajudar a criança, são elas:
Alternativas a medicação já foram (bem) experimentadas?
Há problemas físicos ou mudanças na vida da criança que podem ter contribuído para o problema?
Qual a gravidade do problema; por exemplo, ele prejudica a educação da criança ou coloca ela ou outros em risco?
É possível que tratar o problema possa melhorar os sentimentos ou adaptação da criança ao seu programa de intervenção?
Quando começou o comportamento problema? Qual é a sua duração?
Qual é a sua gravidade?
O que o torna pior (ou melhor)?
Ele ocorre em alguns locais e outros não?
Trata-se de um problema antigo ou da piora de uma dificuldade antiga, ou é na verdade um problema novo?
O problema está melhorando ou piorando?
Como ele está mudando com o passar do tempo?
A seguir, vamos falar sobre três medicamentos atualmente utilizados para tratar as alterações comportamentais no autismo, bem como problemas de atenção e hiperatividade:
Risperidona: Em 2006, a Food and Drug Administration (FDA) aprovou o uso da risperidona para tratar crises de birra, agressão e autoagressão em pessoas com autismo. No entanto, é importante destacar que o ganho de peso é o principal efeito colateral associado ao uso desse medicamento e requer acompanhamento por um profissional especializado.
Aripiprazol: O aripiprazol é classificado como um antipsicótico atípico, principalmente prescrito para o tratamento da esquizofrenia e do transtorno bipolar. Embora estudos tenham mostrado que ele pode ser benéfico diminuir algumas características como a irritabilidade no autismo, seu uso específico para essa finalidade ainda não é oficialmente indicado na bula. É essencial enfatizar que pacientes que fazem uso desse medicamento têm uma maior probabilidade de ganhar peso em comparação com aqueles que não o utilizam. Portanto, é fundamental que haja acompanhamento médico adequado para monitorar possíveis efeitos colaterais e assegurar que o tratamento seja seguro e eficaz.
Ritalina (metilfenidato): a Ritalina (metilfenidato) é um medicamento amplamente utilizado para tratar o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Essa condição comportamental pode afetar crianças, adolescentes e adultos, sendo caracterizada por sintomas como dificuldade de concentração, comportamento inquieto e impulsividade, características também presentes no autismo. A Ritalina ajuda a melhorar a atenção e o controle dos impulsos. Nervosismo, insônia e perda do apetite são efeitos colaterais que podem estar associados ao uso deste medicamento.
Espero que essas informações possam ser úteis.
Até a próxima.